quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Etnodesenvolvimento no Brasil


A realidade do negro no Brasil Etnia negra e a influencia social: recortes de entrosamento solidário.
A realidade do negro no Brasil  é necessariamente o resgate da postura histórica pela qual em função da sua obstinação por participação e inserção social como motivo de permanência e realização social da nação. As dinâmicas de vida vivida pelo negro estabeleceram e fizeram com que a solidariedade fosse a marca de construção e permanência de ação na organização do desenvolvimento da sua cultura , e de relações sociais no cotidiano.
O resultado dessa história é a identidade com a qual o negro vindo de áfrica permaneceu apartir dos seus valores humanos dando continuidade aos seus valores éticos e estéticos ao estilo de vida não esquecido e rei ficado no Brasil, refletido no momento atual.
Neste sentido , pensar a necessidade das realizações do negro no Brasil é ter um olhar de etnicidade percebendo a harmonia e os acordos com outras etnias, construindo assim,os avanços, que superem os problemas das diferenças. Cabe dizer que esta vem sendo uma construção difícil mas no entanto mantém-se ao longo do tempo. O resgate e trajetória deste processo busca mostrar a luta de libertação e participação, cidadania, e os projetos que ao longo do tempo foram tecendo o ideal de uma identidade plena e a transição para o etnodesenvolvimento contemporâneo.
Construir o panorama e a compreensão de que o negro no Brasil pelos fatos históricos, desconstrói e constrói mitos e estereótipo desde que aqui chegou, desenvolvendo-se  auto-determinadamente pois na vida  o passado e o presente tudo esta interconectado.
As forças físicas e mentais das etnias negras distinguem-se, na travessia do Atlântico em condições desumanas, os 3.5 séculos de trafico negreiro, o trafico demográfico e a resistência dos africanos que não morreram na travessia.
Os negros que não morreram na travessia  do perigoso trajeto, aculturaram-se desenvolvendo realizações e relações que deixaram de lado velhas rusgas tribais, havia algo maior a ser enfrentado ou seja o poder senhorial escravagista português, a  reconstrução unitária da civilização dos povos negros no novo mundo, e no novo território.
 A discriminação e a construção pela sociedade colonial de mitos e estereótipo do negro materializava-se no novo mundo, o negro resignifica-se concomitante ao desafio de reestabelecimento de sua consciência critica, o processo da afirmação da sua racionalidade e identidade na desumanidade da escravidão colonial e sua reterritorialização, ex:os negros ladinos como eram chamados; os que falavam com facilidade o português, os nativos da áfrica que mantinham as línguas original e eram designados boçais, os nascidos no Brasil que eram designados creolos, a religião suas praticas e a manutenção dos valores das sociedades negras.
As etnias negras nestas frentes  variadas de intervenção e resistência construíram identidade para superação humana da adversidade, nesta estratégia de busca  da superação das desigualdades de raça/etnia no meio social brasileiro, a sociedade brasileira colonial dos senhores de escravos portugueses , sociedade onde buscavam liberdade  participação e inclusão no meio social de forma livre e autodeterminada.
A combinação de resistência,organização e participação social e busca da liberdade foi e é contemporaneamente  a estratégia de continuidade da organização civilizatória negro africana na dispersão, e isto justifica-se nas fugas  das senzalas das fazendas, das residências senhoriais, insurreições contra o domínio senhorial severamente punidos com a morte por enforcamento, a supressão da própria vida,processo que gerou um imenso passivo jurídico ao mundo dos senhores. Portanto observar a organização social política e econômica da realidade do Brasil, é,  também considerar estes fatos retratados hoje pele história de construção da organização da sociedade brasileira, justapondo social e economicamente a verdade contemporânea dos fatos da realidade do negro no Brasil, e da compreensão, sistematização e expressão do seu estilo de vida ético e estético na sociedade.
Pesquisa:Jorge Nascimento
Livro Bases iniciais da economia solidaria no Brasil. UNICAMP,2010. Paulo Edison e Luis Felipe Nascimento 

Não a Intolerância

Olá!Tds, Em 2013 continua a luta contra a violência o genocídio e o racismo, na sociedade brasileira. ASÉ

M.N.U.

MNU                                              Miriam Alves
Eu sei:
"-Havia uma faca
atravessando os olhos gordos
em esperanças

havia um ferro em brasa
tostando as costas
retendo as lutas

havia mordaças pesadas
esparadrapando as ordens
das palavras".

Eu sei
Surgiu um grito na multidão
um estalo seco de revolta

surgiu outro
outro
e outros
aos poucos,amotinamos exigências
querendo o resgate obre nossa forçada
miséria secular

"MIRIAM ALVES é escritora e pertence ao Grupo Quilombhoje, de São Paulo.O Poema "MNU" foi publicado nos CADERNOS NEGROS< n° 09.em 1088.
Recolher este comentário